OS ARREDORES DE PARIS
Parte 01
Calfilho
Tentaremos falar hoje de algumas cidades próximas a Paris, facilmente alcançáveis por trem, e que merecem uma visita de meio ou talvez um dia.
VERSALHES
A primeira delas é, evidentemente, Versalhes, a mais conhecida e badalada pelos turistas. Pode-se chegar até ela de trem, pelo RER e, é claro, de carro ou ônibus de turismo. Desconheço se existe uma linha regular de ônibus que chegue até lá. Acredito que não. Aliás, na França, só vi rodoviárias nas cidades do interior, que geralmente ficam ao lado da estação de trem. Mas, confesso que nunca procurei saber se de Paris partem linhas regulares de ônibus para outras cidades. Patrick uma vez disse que não sabia, mas ele era muito radical quanto a certos modernismos, usuário habitual que era do transporte ferroviário.
A primeira delas é, evidentemente, Versalhes, a mais conhecida e badalada pelos turistas. Pode-se chegar até ela de trem, pelo RER e, é claro, de carro ou ônibus de turismo. Desconheço se existe uma linha regular de ônibus que chegue até lá. Acredito que não. Aliás, na França, só vi rodoviárias nas cidades do interior, que geralmente ficam ao lado da estação de trem. Mas, confesso que nunca procurei saber se de Paris partem linhas regulares de ônibus para outras cidades. Patrick uma vez disse que não sabia, mas ele era muito radical quanto a certos modernismos, usuário habitual que era do transporte ferroviário.
Pelo RER (cujo bilhete deve ser comprado especificamente para o destino Versailles R.G. , pega-se a linha C7 (direção La Vemere) ou F6 (direção Gazeran), na estação Saint Michel. Nunca fui a Versalhes por esse meio de transporte. Prefiro o trem, que pego na gare Saint Lazare, comprando o bilhete numa das bilheterias automáticas ou em outra de atendimento pessoal. Deve-se sempre comprar o bilhete de ida e volta, por ser mais barato.
Chegando ao ponto final, Versalhes, depois de passar por pequenas cidades ao longo do caminho, ao sair da estação pegamos a rua à esquerda, andamos alguns quarteirões (quatro ou cinco) e dobramos à direita, onde, ao longe, já se vê a silhueta majestosa do palácio. Existem indicações por todo o caminho para o "château".
É passeio que demanda um pouco de tempo e paciência, pois são bem extensas as filas para ingressar no palácio. Se você tiver comprado o passe "Paris museum", já evita uma das grandes filas, aquela onde se adquire o bilhete, sendo o passe válido para alguns museus fora de Paris, entre eles o de Versalhes. Pode entrar direto na segunda fila, aquela que dá acesso diretamente ao castelo. É uma visita realmente imprescindível (desculpem-me, não gosto da palavra "imperdível") para aqueles que visitam a França. Se possível, compre um pequeno guia que possa orientá-lo sobre quais salas e locais devem ser visitados, em especial a famosa Galeria dos Espelhos.
AUVERS
Outra cidade que vale a pena visitar, e pouco conhecida da maioria dos turistas, é Auvers-sur-Oise. Fica a menos de uma hora de Paris, pegando-se o trem na gare Saint Lazere e fazendo-se uma baldeação em Pontoise. Prestar atenção para que a "correspondance" (baldeação) seja feita realmente em Pontoise pois existem outros trens na mesma linha e direção que não param nessa cidade. De Pontoise pega-se um outro trem para uma viagem de 11 minutos até Auvers. Basta orientar-se pelas placas de sinalização exibidas por toda a estação.
Auvers é uma pequena cidade que ficou famosa por ter sido lá onde Van Gogh passou os três últimos meses de vida, onde morreu e está enterrado. Se puder, faça esse passeio num dia de domingo. Isto porque a "Maison Ravoux", a hospedaria onde Van Gogh residiu e morreu, serve no restaurante, no térreo, um pernil de cordeiro que é famoso por sua qualidade e sabor, já que fica mergulhado num molho especial de ervas por quatro dias, molho esse que é trocado a cada noite. Pela lateral da hospedaria tem-se acesso ao museu Van Gogh, onde se vai até o primeiro andar, local do quarto de Van Gogh, onde sobressai a cama em que agonizou e morreu, depois de ter dado um tiro de revólver em seu abdome. Ali também há uma exibição de slides sobre a obra do pintor.
Mas, o ponto alto de Auvers é o Museu do Impressionismo, que fica num pequeno castelo, onde é feita uma visita excepcional através do mundo impressionista, inclusive com alguns toques da realidade do que foi o movimento, com uma amostra do que seria uma viagem de trem, na visita ao museu, mostrando as cidades onde os pintores buscavam inspiração para suas obras. Espetacular!!!
Auvers tem também um museu do absinto, o chamado "fogo verde", que era a bebida preferida por pintores, escritores, escultores e a boemia intelectual do final do século XIX. Hoje, essa bebida, bem mais fraca, é o Pastis, o Pernod e o Ricard, que é uma espécie de aniz.
Também, se achar interessante, vale uma visita ao cemitério, onde estão os túmulos de Vincent Van Gogh e seu irmão Theo, que faleceu um ano após o pintor (existem alguns bons filmes sobre a biografia do mestre holandês). No caminho para o cemitério está uma pequena igreja, retratada num dos quadros mais célebres de Van Gogh. Ainda no mesmo caminho está a casa onde residiu o Dr. Gachet, médico que cuidou de Van Gogh quando ele foi ali residir e que é também retratado num quadro famoso.
Atenção para os horários de volta do trem de Auvers para Pontoise, que não são muito frequentes e que diminuem aos domingos.
Mas, o ponto alto de Auvers é o Museu do Impressionismo, que fica num pequeno castelo, onde é feita uma visita excepcional através do mundo impressionista, inclusive com alguns toques da realidade do que foi o movimento, com uma amostra do que seria uma viagem de trem, na visita ao museu, mostrando as cidades onde os pintores buscavam inspiração para suas obras. Espetacular!!!
Auvers tem também um museu do absinto, o chamado "fogo verde", que era a bebida preferida por pintores, escritores, escultores e a boemia intelectual do final do século XIX. Hoje, essa bebida, bem mais fraca, é o Pastis, o Pernod e o Ricard, que é uma espécie de aniz.
Também, se achar interessante, vale uma visita ao cemitério, onde estão os túmulos de Vincent Van Gogh e seu irmão Theo, que faleceu um ano após o pintor (existem alguns bons filmes sobre a biografia do mestre holandês). No caminho para o cemitério está uma pequena igreja, retratada num dos quadros mais célebres de Van Gogh. Ainda no mesmo caminho está a casa onde residiu o Dr. Gachet, médico que cuidou de Van Gogh quando ele foi ali residir e que é também retratado num quadro famoso.
Atenção para os horários de volta do trem de Auvers para Pontoise, que não são muito frequentes e que diminuem aos domingos.
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