BORGONHA
Calfilho
Outra região da França que tive a felicidade de visitar foi a Borgonha. Famosa por sua culinária e pela produção de vinhos nobres, estive hospedado em Auxerre e visitei Dijon por duas vezes. Para esta última, toma-se o TGV na gare de Lyon, que tem saídas frequentes para a cidade. Logo na saída da estação está o escritório de turismo da cidade, onde pode-se pegar um mapa e obter orientação sobre os pontos principais a serem visitados. Dijon não é grande, mas como a maioria das cidades do interior da França, tem uma parte antiga e outra moderna. Vale a pena a visita, principalmente o setor antigo. Tem bons restaurantes e deve ser apreciado um dos vinhos da região, todos muito bons.
A mostarda também é muito procurada, tendo um sabor especial.
Semur |
Se não fosse o convite de Patrick e o fato de Jean-Pierre nos ter conduzido em seu carro, dificilmente teríamos conhecido a região, principalmente Semur e Noyers, que são pequenos vilarejos (não sei se o trem chega até eles). Mas, aí fica colocada outra questão para quem vai visitar um país estrangeiro: vale a pena alugar um carro e sair dirigindo pelo interior, conhecendo as pequenas cidades, parando onde quisermos? Ou, é preferível irmos de trem para uma cidade maior (no caso, Auxerre) e dali pegarmos um táxi ou um "tour" pela região, quase sempre disponíveis nas portarias dos hotéis?
Prefiro a segunda opção, pois dirigir no exterior não é a mesma coisa que no Brasil. Não conhecemos as estradas, as leis locais, a regulamentação sobre pedágio, e, se por infelicidade, acontecer algum acidente com o nosso carro, a viagem estará irremediavelmente perdida. Sei de um caso em que um casal idoso, conduzindo um veículo pelo interior de um país estrangeiro, com toda a cautela possível, parou num cruzamento aguardando que o sinal luminoso abrisse para eles, quando um motociclista, em alta velocidade, perdeu a direção e colidiu com seu veículo, acabando por falecer. Pronto, começou o drama do casal. Foram levados para a delegacia, onde não sabiam expressar-se fluentemente na língua local. Ficaram detidos por vários dias, tiveram que recorrer à embaixada do Brasil e só puderam retornar ao nosso país depois de pagarem pesada multa e uma indenização à família do motociclista falecido, quando não tinham eles absolutamente nenhuma culpa no acidente.
Mas, a opção fica valendo para quem deseja correr o risco...
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