sexta-feira, fevereiro 20, 2015

A MAGIA DE PARIS 5

 

A MAGIA DE PARIS

Quinta Parte

A Cité

 
 
Calfilho
 
 
 
 
                            

Continuando nosso passeio, depois de almoçar no "Le Depart", pegamos a rua que margeia o Sena, para a direita e logo divisamos, majestosa, a Catedral de Notre Dame. Fica ela na Cité, uma ilha localizada no meio do Sena e que é um dos marcos da fundação de Paris. Não me vou atrever a contar a história da construção da Catedral, recomendo a vocês a leitura do livro "SEDUÇÃO DE PARIS", de Benjamim Santos.
                    Indo até a próxima esquina, com a rua Saint Jacques, atravessamos a rua, depois  a ponte que separa a ilha da Rive Gauche. Pronto, estamos em frente a Notre Dame. Há uma longa praça cimentada denominada Parvis Notre Dame (Place Jean Paul II) e, logo do lado esquerdo, existe uma escadaria que dá acesso a uma espécie de subsolo, onde está a Cripta Arqueológica, as ruínas da fundação da catedral. É uma visita muito interessante, as ruínas foram descobertas há não muito tempo atrás, remontando à época da construção da catedral, que ocorreu no século XIII. A visita à cripta é paga. Na praça, se vocês viram o filme "Paris em Chamas", em frente à Notre Dame, posicionaram-se os tanques alemães nos dias finais da ocupação nazista em Paris, direcionando seus canhões para a Chefatura de Polícia, em frente. Como a história terminou, sugiro ver o filme...
                     Mais à frente, à direita, antes da catedral, vê-se uma imponente estátua de  um homem a cavalo. É Carlos Magno.
                      Normalmente, a entrada para a visita da Notre Dame é feita pela grande porta à direita. Costuma haver uma pequena fila, maior aos domingos quando é celebrada a missa cantada às 18 horas. A entrada é gratuita.
                      O interior é magnífico, amplo, vale a pena uma caminhada vagarosa pelas duas grandes alas. Cuidado com os "pickpockets", anúncio que se vê por toda a parte. Os vitrais são deslumbrantes. Sugiro começar a visita pela ala direita, por onde entrou, vá até por trás do altar e volte pela ala esquerda, até a saída, onde se encontra uma outra grande porta. Lá dentro existem pequenas boutiques onde pode-se comprar alguns souvenirs, medalhas, santinhos. Se for católico, não deixe de acender uma vela para um ente querido e fazer uma prece.
                  Na saída, do lado direito,  você encontrará uma fila para subir até o alto da catedral. A subida é pelas escadas, um pouco cansativa (fiz isso quando tinha 50 anos, hoje seria impossível), e é paga. Lá em cima você terá uma vista maravilhosa da cidade, com o Sena do  seu lado esquerdo. Com um pouco de sorte, talvez possa encontrar o Quasímodo passeando por entre os grandes sinos...
                    Seguindo a rue du Cloitre Notre Dame, tendo a catedral do seu lado direito e uma grande variedade de pequenas lojas à sua esquerda, chegamos aos fundos da igreja, onde existe um pequeno jardim com bancos onde podemos sentar para um rápido descanso. Mais à frente existe uma pequena ponte que dá acesso à ilha de Saint Louis, menor que a Cité, e onde estão localizadas as residências mais caras de Paris, que pertencem às famílias ricas e tradicionais. Lá também encontra-se uma das sorveterias mais famosas da cidade, a Glacier Bertillhon, na rue Saint Louis-en-Ile, 29/31.
                          Se, ao chegar ao Parvis Notre Dame, preferir seguir em frente pela rue de la Cité, passando em frente à Central de Polícia (para onde os tanques apontaram), encontraremos o Marché aux Fleurs (Mercado das Flores), onde existem umas cinquenta barraquinhas vendendo flores e arranjos ornamentais.
                         Após visitar o mercado, caminhe até o outro lado da Cité, no Quai de la Corse, dobre à esquerda até chegar ao Boulevard du Palais (famoso pela série do mesmo nome, transmitida recentemente pela TV5 Monde). Logo na esquina, você verá no alto de uma torre, um enorme relógio dourado, que é o mais antigo da cidade.
Essa torre faz parte de um prédio, a Conciergerie, a prisão mais famosa de Paris (depois da Bastilha), onde ficaram presos Danton e Maria Antonieta, entre vários outros. É imprescindível uma visita, pois o local é um dos marcos da Revolução Francesa, impregnado de história, onde se encontram as celas onde os presos ficavam, inclusive a de Maria Antonieta, com o oratório onde ela fez sua última oração antes de seguir para o cadafalso. É uma visita de mais ou menos uma hora. Também é paga.
                      Descendo o Boulevard du Palais, passamos pelo Palácio da Justiça, que é o grande foro francês, onde se julgavam e condenavam os inimigos da Revolução, funcionando atualmente como corte judicial (se tiverem interesse, convido-os à leitura de meu modesto livro "O RENASCER", onde tento romancear uma historinha da época da "Revolução Francesa").
                       Continuando a descer, ao lado do Palácio, está a Sainte Chapelle, que também deve ser visitada. Seu interior é esplendoroso, os vitrais são magnifícos, o local é grandioso. Foi construída para guardar a coroa de espinhos de Jesus Cristo, que, mais tarde, foi levada para a Notre Dame (leiam novamente "SEDUÇÃO DE PARIS", de Benjamim Santos).
                       Numa das pontas da Cité, encontramos a "Pont Neuf" (não esqueçamos que ponte em francês é masculino e não feminino como em português). Ali, foi gravado o filme de que gosto muito, "Les amants du Pont Neuf", e onde se pega um dos vários "bateaux mouches" de Paris, os barquinhos turísticos que fazem o passeio do Sena .
                  Continuamos, no próximo capítulo...

 
 
 
 
 

3 comentários:

Jorge Carrano disse...

Pais tem Pont Neuf e Florença tem Ponte Vecchio.

Calfilho disse...

Ia chegar lá, Carrano... A Ponte de Florença é uma das minhas preferidas... Por enquanto, estou passeando por Paris, desculpe...

Jorge Carrano disse...

Sou eu que devo me desculpar por atropelar sua narrativa.
Je suis desolé.