quarta-feira, julho 19, 2017

BOTAFOGO... ANOS 60... OU 2017?




BOTAFOGO... ANOS 60 OU 2017 ? ...

Calfilho



            Não me tenho pronunciado sobre as últimas atuações do meu time, o Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas... Prudência e pés no chão ... Empolguei-me com algumas atuações, decepcionei-me com outras ... Vibrei com determinadas atitudes e desempenhos de alguns jogadores em campo, aborreci-me com algumas outras...
            Tenho plena consciência de que a equipe não é das mais fortes, aquela entre as de melhor elenco do atual futebol brasileiro... time mediano, com um ou outro jogador melhor que o outro, recheado de jovens e promissores atletas da base, alguns ainda mal saídos da adolescência, outros ainda menores de idade...
            O elenco é reduzido, enxuto, para não dizer insuficiente para enfrentar um ano de competições... ainda mais que elas são três: Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro... Mas, aos trancos e barrancos, ganhando aqui, empatando ali e perdendo acolá, o time, até agora, julho de 2017, vem conseguindo manter-se vivo nas três... Jogos sofridos, vitórias magras com diferença de apenas um gol, o que deixa o torcedor alvinegro com o coração nas mãos até o juiz apitar o fim do jogo...
             Não adianta ficar relembrando os tempos gloriosos do final dos anos 50, início e fim da década de 60 do século passado... Quando na verdade tínhamos equipes que nos enchiam de orgulho e contentamento ao presenciarmos suas exibições de gala nos estádios do mundo inteiro... Não temos mais Manga, Cacá, Zé Maria, Nilton Santos e Rildo; Pampolini e Didi; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Ou Cao, Mura, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cezar... Passeávamos em campo, exibindo um futebol de primeira categoria, não dávamos sustos em nossos torcedores, pois a vitória era sempre (ou quase sempre) praticamente certa... Só tínhamos o Santos de Pelé como real adversário dentro do Brasil... Éramos a equipe que mais jogadores fornecia para a seleção brasileira...
             Mas, o tempo passou, administrações desastrosas levaram o clube ao estado pré-falimentar, a sede de General Severiano, de tantas histórias e tradições, foi vendida, a muito custo recuperada, a equipe de futebol passou pelo vexame de ficar 21 anos sem ganhar um mísero título carioca... Visitou por duas vezes a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, era mero coadjuvante quando participava da série A... Excetuou-se o título de 1995, episódico, conquistado com uma equipe mediana...
             Hoje, depois de passar outra vez pela segunda divisão após uma lamentável administração de um presidente fanfarrão e que deixou o clube arrasado, volta, outra vez, ao cenário de protagonista dos campeonatos regionais, nacionais e internacional... Com uma equipe que, apesar de não ter nenhum grande craque em suas fileiras, conseguiu conjugar um futebol solidário e de entrega absoluta e, com isso, estar disputando as três mencionadas competições... E, tudo isto, sofrendo com vários casos de contusões, com suspensões infantis (calma, muita calma,  Carli e Bruno Silva...), com a perda de jogadores importantes (como Montillo, Sassá e, agora, Camilo) e tendo que lançar mão prematuramente de jogadores da base, ainda não suficientemente amadurecidos para o time titular (exceções: Igor Rabello e Matheus Ferandes).
              O time atual é limitado, já disse anteriormente. Não tem reservas à altura dos titulares. Joga numa tática de contra ataque, já adotada por Zagallo quando foi nosso treinador nos anos 67 e 68 do século passado. Aposta na solidez da sua defesa, na segurança do seu meio campo e na velocidade de Pimpão, Roger ou Guilherme para vencer seus jogos pela diferença mínima de um gol. É pouco, muito pouco... Às vezes, a tática funciona, outras não... De tanto sermos atacados, de tanto jogarmos em nosso meio campo e defesa, acabamos levando um gol nos minutos finais . “Água mole em pedra dura...”.
             Até onde irá esse Botafogo de 2017? Até onde os velhos e novos corações alvinegros aguentarão o sofrimento de finais de partidas?
             
                 Vamos torcer... FOOOGOOOO!!!



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