BOTAFOGO...
ANOS 60 OU 2017 ? ...
Calfilho
Não me tenho
pronunciado sobre as últimas atuações do meu time, o Glorioso Botafogo de
Futebol e Regatas... Prudência e pés no chão ... Empolguei-me com algumas
atuações, decepcionei-me com outras ... Vibrei com determinadas atitudes e
desempenhos de alguns jogadores em campo, aborreci-me com algumas outras...
Tenho plena consciência de que a
equipe não é das mais fortes, aquela entre as de melhor elenco do atual futebol
brasileiro... time mediano, com um ou outro jogador melhor que o outro,
recheado de jovens e promissores atletas da base, alguns ainda mal saídos da
adolescência, outros ainda menores de idade...
O elenco é reduzido, enxuto, para
não dizer insuficiente para enfrentar um ano de competições... ainda mais que
elas são três: Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro... Mas, aos
trancos e barrancos, ganhando aqui, empatando ali e perdendo acolá, o time, até
agora, julho de 2017, vem conseguindo manter-se vivo nas três... Jogos
sofridos, vitórias magras com diferença de apenas um gol, o que deixa o
torcedor alvinegro com o coração nas mãos até o juiz apitar o fim do jogo...
Não adianta ficar relembrando os
tempos gloriosos do final dos anos 50, início e fim da década de 60 do século
passado... Quando na verdade tínhamos equipes que nos enchiam de orgulho e
contentamento ao presenciarmos suas exibições de gala nos estádios do mundo
inteiro... Não temos mais Manga, Cacá, Zé Maria, Nilton Santos e Rildo;
Pampolini e Didi; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Ou Cao, Mura, Zé
Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho
e Paulo Cezar... Passeávamos em campo, exibindo um futebol de primeira
categoria, não dávamos sustos em nossos torcedores, pois a vitória era sempre
(ou quase sempre) praticamente certa... Só tínhamos o Santos de Pelé como real
adversário dentro do Brasil... Éramos a equipe que mais jogadores fornecia para
a seleção brasileira...
Mas, o tempo passou,
administrações desastrosas levaram o clube ao estado pré-falimentar, a sede de
General Severiano, de tantas histórias e tradições, foi vendida, a muito custo
recuperada, a equipe de futebol passou pelo vexame de ficar 21 anos sem ganhar
um mísero título carioca... Visitou por duas vezes a segunda divisão do
Campeonato Brasileiro, era mero coadjuvante quando participava da série A...
Excetuou-se o título de 1995, episódico, conquistado com uma equipe mediana...
Hoje, depois de passar outra vez
pela segunda divisão após uma lamentável administração de um presidente
fanfarrão e que deixou o clube arrasado, volta, outra vez, ao cenário de
protagonista dos campeonatos regionais, nacionais e internacional... Com uma equipe
que, apesar de não ter nenhum grande craque em suas fileiras, conseguiu
conjugar um futebol solidário e de entrega absoluta e, com isso, estar
disputando as três mencionadas competições... E, tudo isto, sofrendo com vários
casos de contusões, com suspensões infantis (calma, muita calma, Carli e Bruno Silva...), com a perda de
jogadores importantes (como Montillo, Sassá e, agora, Camilo) e tendo que lançar
mão prematuramente de jogadores da base, ainda não suficientemente amadurecidos
para o time titular (exceções: Igor Rabello e Matheus Ferandes).
O time atual é limitado, já disse
anteriormente. Não tem reservas à altura dos titulares. Joga numa tática de
contra ataque, já adotada por Zagallo quando foi nosso treinador nos anos 67 e
68 do século passado. Aposta na solidez da sua defesa, na segurança do seu meio
campo e na velocidade de Pimpão, Roger ou Guilherme para vencer seus jogos pela
diferença mínima de um gol. É pouco, muito pouco... Às vezes, a tática funciona,
outras não... De tanto sermos atacados, de tanto jogarmos em nosso meio campo e
defesa, acabamos levando um gol nos minutos finais . “Água mole em pedra dura...”.
Até onde irá esse Botafogo de
2017? Até onde os velhos e novos corações alvinegros aguentarão o sofrimento de
finais de partidas?
Vamos torcer... FOOOGOOOO!!!
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