domingo, agosto 06, 2017

O VÔLEI NO BRASIL... Calfilho



O VÔLEI NO BRASIL

Calfilho






O VÔLEI NO BRASIL...
Calfilho


          O tempo passa, os anos se sucedem, algumas coisas no Brasil se modificam com esse rápido passar dos dias, meses e anos...

          Lembro-me bem dos anos 50, quando o voleibol brasileiro ainda era incipiente, dava seus primeiros passos...

         Tínhamos o futebol como nosso esporte preferido e que, mesmo com as decepções de 1950 e 1954, deu-nos o ambicionado Campeonato Mundial de 1958...

         Outro nosso grande orgulho era o basquetebol masculino, time de craques, ganhador de vários torneios e campeonatos, equipe de Algodão, Vlamir, Amaury, Rosa Branca, e tantos outros gênios do basquetebol brasileiro, que nos encheram de orgulho com a conquista de Campeonatos mundiais (não me lembro se chegaram a ganhar as Olimpíadas - pois não quero recorrer ao Google - estou sendo apenas fiel á minha memória).

          Depois, outra geração fabulosa do nosso basquete, com Oscar Schmidt, Marcel, Gérson, Carioquinha e tantos outros que honraram e levaram nosso time ao cume da glória nacional e internacional. A vitória em Indianápolis, contra os Estados Unidos, a maior potência mundial do basquete, foi épica e memorável...

          No basquete feminino, ainda na década de 50, tínhamos uma geração vitoriosa, de Marlene, Marly, Neucy (botafoguense), Daise Miguel (cantorriense e botafoguense), que, se não foram campeãs mundiais, muito bem representaram o basquetebol brasileiro.

         Lembro-me muito bem que, ainda adolescente, assisti algumas partidas do Campeonato Mundial de Basquete Feminino, que teve o Ginásio do Caio Martins como uma das sedes. E, ali, tivemos o prazer de assistir uma das mulheres mais bonitas do mundo praticar o esporte: Ludmila Lundakóva, estrela da equipe da antiga Tcheco-Eslováquia.

         Nosso basquete feminino só foi evoluir anos depois, com a geração de Paula e Hortência. Depois, caiu, inexplicavelmente.

         Em outros esportes, tivemos Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no salto triplo. No tênis, nossa grande estrela, Maria Esther Bueno, campeã de Wimbledon e outros grandes torneios mundiais. Deixo Gustavo Kuerten para depois, ele, que foi um verdadeiro astro do esporte.

          Entretanto, o vôlei brasileiro ainda engatinhava. Entre os homens tivemos a geração de Bené e Borboleta, sem nenhum outro nome de realce. Entre as mulheres, praticamente nenhuma de grande importância no cenário mundial.

            Depois, vieram a geração de prata masculina nas Olimpíadas de Los Angeles, mais tarde as grandes seleções do vôlei dos homens, começando com a de 1992, com a conquista do título em Barcelona. As vitórias se sucederam.

          Quanto às mulheres, elas que eram freguesas das seleções peruana e cubana, nos anos 70, se suplantaram e, sob a direção serena e firme do José Roberto Guimarães, passaram a conquistar títulos mundiais e Olimpíadas. Mudando jogadoras, renovando as equipes. Que delícia ter visto Ana Mozer, Sheila, Fabi, Fofão e tantas outras jogarem e nos deslumbrarem e hoje, vermos Natália, Roberta, Rosamaria, Tandara e outras tantas voltarem a ser campeães do mundo.

         Parabéns, meninas, o Brasil se orgulha de vocês...

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