sábado, maio 23, 2015

A MAGIA DE PARIS 12

 

 

A MAGIA DE PARIS 12

Décima segunda parte

MONTMARTRE...

Calfilho
 
 
 
 
                  Bem, hoje é domingo e Paris amanhece ensolarada.
                  Dia ideal para visitarmos Montmartre. É um dos bairros mais interessantes da cidade, conhecê-lo é imprescindível. E domingo é o melhor dia para isso, pois fica cheio de gente circulando entre suas vielas, apreciando a famosa catedral de Sacré-Coeur ou admirando os vários pintores exibindo suas telas na conhecida Place de Tertre.
                  Saindo do boulevard Saint Michel, o melhor meio de transporte é o metrô. Montmartre fica um pouco longe, é praticamente um subúrbio de Paris. Pegamos a linha 4, em frente ao "Le Depart" e qualquer das duas direções que tomemos (Porte de Clignancourt ou Mairie de Montrouge) encontraremos uma conexão para descermos perto da Colina ("La Butte", para os parisienses).
                  Preferimos a direção Mairie de Montrouge, porque a baldeação é feita em Montparnasse, estação mais segura e tranquila que Barbés Rochecouart, onde seria feita a baldeação se tivéssemos preferido seguir a outra direção da linha 4, a Porte de Clignancourt. Não há problema maior, apenas gosto mais de fazer a baldeação em Montparnasse, que considero mais movimentada e mais charmosa. Apenas, por curiosidade: aqueles que preferirem fazer a baldeação em Barbés, desçam nessa estação e peguem a linha 2, direção Porte Dauphine, saltando logo na estação seguinte, "Anvers", daí pegando a rua em frente, muito movimentada, e seguir até a praça onde está o "funiculaire", o bondinho do plano inclinada que vai te levar até o alto da colina.
                  Entretanto, vamos seguir a outra opção: pegamos a direção Mairie de Montrouge da linha 4 em Saint Michel, seguimos até Montparnasse Bienvenue e ali fazemos a baldeação para a linha 12, direção Porte de la Chapelle. São várias estações até chegarmos a Abesses,

Estação Abesses do metrô
onde descemos. Atenção: peguem o elevador no interior da estação pois a escadaria que dá acesso à rua é enorme, com vários degraus. Repetindo: as baldeações do metrô, sejam elas quantas forem, são feitas com um único bilhete, desde que você não saia para a rua.
                   Do lado de fora, chegamos a uma pequena praça e pegamos à esquerda a rua Yvone du Tac, caminhando alguns quarteirões até chegarmos à pracinha onde fica o funiculaire. Ali, ainda utilizando um passe de metrô, pegamos o bondinho que nos leva ao alto, onde, majestosa, está a igreja de estilo muçulmano, a Sacré-Coeur de Montmartre. É monumento dos mais importantes e significativos da história da cidade, com inúmeros visitantes a percorrê-la todos os dias. A visita ao seu interior é imprescindível, bem como à cripta subterrânea.


A Sacré Coeur


                  Atravessando o mar de pessoas que se aglomeram ao seu redor, na parte de trás da basílica encontramos a famosa Place du Tertre. É uma pracinha tipicamente parisiense, onde pintores expõem suas obras e alguns caricaturistas ficam em cima de você tentando fazer sua caricatura por um preço nada módico.
                   Lembro-me bem que, em 1988, quando se realizava a Copa do Mundo de Futebol na França, eu e meu filho mais velho dos homens, o Duda, assistimos a dois jogos da fase preliminar: um, em Nantes, Brasil contra o Marrocos, e o outro em Marselha, contra a Noruega. Mas, ficávamos a maior parte do tempo em Paris, curtindo a movimentação de várias pessoas de diversos países e línguas diferentes que circulavam pela cidade, enchendo seus bares de alegria, música e festa.
                  E, na Place du Tertre, sempre lotada de gente, assistíamos, sentados nas cadeiras do lado de fora de um bistrô, bandas de música alemães, escocesas, holandesas, inglesas, tocando a plenos pulmões nos bares vizinhos, uns desafiando os outros, enquanto a multidão que por ali passava aplaudia delirantemente.

Place du Tertre
                   Montmartre, historicamente, tem grande importância na vida de Paris. Dali, saiu a segunda Revolução Francesa, a Comuna, em meados do século XIX, logo após a derrota da França para a Prússia (1870). A basílica começou a ser construída em 1875 e só foi concluída em 1914.
                   É um passeio delicioso, circular por entre suas vielas, apreciar as telas dos pintores na Place du Tertre, e, se tiver tempo, vale a pena almoçar num de seus diversos restaurantes ou bistrôs que se encontram por toda a região, sentindo, de perto, toda a atmosfera do bairro boêmio. Aliás, Montmartre é conhecida principalmente por isso, por ser um bairro típico da boemia parisiense, reduto onde residiram pintores, escultores e escritores famosos.
                  Para descermos da colina, vamos escolher um pequeno ônibus que circula serpenteando entre suas ruas estreitas: o Montmartre bus. Usa-se aqui também o bilhete do metrô.
                   Chegando em baixo, saltamos no Boulevard de Clichy, onde fazemos uma pequena caminhada, passando por vários cabarés e lojas com apelo sexual, até chegarmos ao famoso Moulin Rouge.


Le Moulin Rouge


                       Bem, nossa visita a Montmartre está chegando ao fim. Ali mesmo, no Boulevard Clichy, pegamos o ônibus numero 30 e saltamos na av. Kleber, depois do Arco do Triunfo. Ali pegamos o 82, saltando no ponto final, no Boulevard Saint Michel, ao lado do Jardim de Luxemburgo.


 


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