quinta-feira, maio 03, 2018

KIEL...

                          KIEL...


                                                Calfilho


          Estive recentemente em Kiel, bela cidade do norte da Alemanha. Era o ponto final de uma viagem de navio que começou em Santos e passou por Salvador, Santa Cruz de Tenerife (Ilhas Canárias), Ponta Delgada (Açores), Lisboa, Vigo, Southampton, Le Havre, Zeebruge (Bélgica) e Kiel. Viagem de 20 dias, cruzando o Oceano Atlântico, passando pelo canal da Mancha e terminando no mar do Norte.
           Já conhecia algumas cidades alemãs de viagens anteriores: Stuttgart, Augsburg, Munique, Hamburgo, Berlim, Colônia e Koblenz. Apesar da dificuldade de comunicação com a língua alemã, quem fala o básico de inglês, como eu (graças aos quatro anos de Cultura Inglesa, com Mrs. Lemgruber, em Niterói), consegue se virar relativamente bem. Em quase todos os restaurantes basta pedir um "English menu", que é prontamente atendido. Os garçons, quase todos jovens, falam razoavelmente o inglês. Não se preocupem com alimentação: mesmo que não fale nada de inglês ou alemão, sempre vão encontrar um ou mais restaurantes italianos em qualquer cidade europeia...
          Nos hotéis e estações de trem, a mesma coisa. Talvez haja uma dificuldade maior em usar um táxi ou pedir uma informação na rua. Ou conseguir ler e entender o que dizem alguns cartazes espalhados pela cidade ou algumas placas indicativas de nomes de ruas ou monumentos escritas em alemão.
        As cidades são muito bonitas, principalmente as menores. Gostei muito de Augsburg, Koblenz, Colônia e, agora, Kiel. São simpáticas, agradáveis, acolhedoras. Nem parece que foram praticamente devastadas há pouco mais de 70 anos atrás. Somente vendo as fotos  dessas cidades após a Segunda Grande Guerra é que entendemos como a destruição foi quase total e a reconstrução foi rápida e eficiente. Pena que muitos monumentos e edifícios antigos, alguns ainda da Idade Média não puderam ser reconstruídos...
           Quando estive pela primeira vez na Europa, em 1957, apenas 12 anos após o fim da guerra, a Itália (principalmente) e a França ainda apresentavam os vestígios da destruição e da pobreza. O número de desabrigados e mendigos nas ruas era muito grande... Na Alemanha o quadro deveria ser pior...
          Atualmente, quase mais nada disso se vê: enquanto a França e a Itália reconstruíram suas cidades preservando e tentando manter a arquitetura de antes da guerra, a Alemanha reconstruiu praticamente tudo, mesmo que mantendo o estilo da arquitetura dos anos 30. Os prédios antigos, os destruídos, foram praticamente esquecidos, com pouquíssimas exceções...
       Kiel foi uma agradável surpresa: porto movimentado de onde partem diariamente e a todo momento vários "ferry boats" para a Dinamarca, Suécia e Noruega. Cidade de ruas largas e limpas, com um centro movimentado, com muitas lojas, barraquinhas, bares e restaurantes.
Vale a pena conhecer.












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