terça-feira, julho 07, 2015

AINDA A ITÁLIA...

 

 

 

AINDA A ITÁLIA...


Calfilho
 
 
 
             Tentarei descrever agora as outras cidades italianas onde pernoitei ou apenas visitei rapidamente.
                Milão será a primeira. Localizada no norte da península, conhecida por alguns como a capital da moda, é uma das mais importantes cidades do país. E, para quem vem de outros países, como a França, Áustria, Suíça ou Alemanha, serve de pião para diversas conexões com outras cidades italianas.
           As duas principais estações ferroviárias são a Centrale e a Garibaldi. Por esta última chega-se ou vai-se de e para Paris. Pela Centrale, a maior e mais importante, cuja arquitetura majestosa e imponente remonta à época de Mussolini, pode-se ir a Veneza, Verona, Roma, Nápoles, Florença, Genebra, Innsbruck, Nice, entre outras várias cidades europeias.
                 Já pernoitei várias vezes em Milão, algumas perto do centro histórico, atualmente próximo à estação Centrale. No centro temos como pontos principais a serem visitados a Catedral do Duomo e sua praça, o famoso teatro Scala de Milão, a galeria Vitorio Emanuele II, o castelo Sforzesco e a igreja Santa Maria dela Grazie   (onde está  o afresco de Leonardo Da Vinci, representando a última ceia de Jesus com seus discípulos, denominado pelos milaneses de "o Cenáculo").
 
Catedral do Duomo
Praça do Duomo
Galeria Umberto II
Castelo Sforzeco
                              
 
 
 
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Interior do Scala de Milão
               
 
 
 
                        Milão, apesar de ser uma das mais importantes cidades da Itália, não me atrai muito.  Apesar dos pontos turísticos acima mencionados e do grande movimento de pessoas em torno da Praça do Duomo, perto de onde estão o Scala, a galeria Umberto II (belíssima, por sinal) e o Castelo Sforzeco, não tem, pelo menos para mim, a alegria e a efervescência de Veneza, Florença e até mesmo Roma. É  uma cidade industrial, sem muitos bares ao ar livre, com pouco movimento depois das nove da noite. As pessoas andam muito rapidamente, apressadas, parece que correm atrás de não sei bem o quê. Pode ser até que eu não tenha conhecido algum outro local interessante da cidade, como conheço os cantos de Paris. Bem, repito, essa é a minha impressão, sei de muita gente que adora a cidade.
 
               Já no sul da Itália está outra cidade importante, muito visitada: Nápoles. Visitei-a por duas vezes, a primeira em 1957, quando o navio em que eu e minha família aportou na bela baía. A outra em 2000 ou 2001, não lembro ao certo.
             A baía de Nápoles, segundo alguns, assemelha-se muito à nossa Guanabara, por sua beleza natural. Dizem que Nápoles e o Rio de Janeiro são cidades muito parecidas. O povo é muito alegre, muito desorganizado, o trânsito é um caos ( uma vespa trafegou pela calçada  quando eu aguardava um bonde).
                A cidade é antiga, com suas pequenas ruas e prédios que devem datar do século XIX. Na portaria do hotel, peguei um "city tour", que me levou até Pompeia, onde já tinha estado em 1957. A visão daquelas ruínas realmente impressiona, levando-nos a imaginar a angústia dos moradores quando houve a célebre erupção do Vesúvio, por volta do ano 50 D.C. Existem várias imagens de terror de pessoas que foram calcinadas quando as lavas do vulcão atingiram a cidade. A visita é muito marcante e chega a chocar quem a faz pela primeira vez. Ao fundo, o Vesúvio aparece no horizonte, ameaçador, como se fosse repetir a erupção.  Resultado de imagem para pompeia italia    Resultado de imagem para pompeia italia    Resultado de imagem para pompeia italia
             Em outro dia de minha visita a Nápoles peguei uma pequena excursão de um dia até Capri, onde vamos numa espécie de ferry. Lá chegando, pode-se subir até Anacapri, que é a parte superior da ilha. E, se o tempo estiver bom e a maré baixa, pode-se alugar uma lanchinha que vai te levar até a porta da famosa Gruta Azul, onde somos transferidos para uma pequeno bote que penetra na gruta. Muito bonito o passeio.Resultado de imagem para gruta azul de capri     Resultado de imagem para gruta azul de capri
                  Outra curiosidade: como não poderia deixar de ser, experimentamos a famosa pizza napolitana, num restaurante no centro da cidade, que se apregoava como sendo o inventor do prato. Sinceramente, achei as nossas pizzas, as brasileiras, bem mais feitas e gostosas que as napolitanas.
               Questão de gosto...
 
                        PISA: outra cidade italiana que visitei e que vale a pena conhecer.
                 Hospedei-me lá por duas vezes, sempre perto da estação de trem. A cidade é pequena, pode-se percorrê-la tranquilamente a pé. Tem bons restaurantes e comércio variado.
                Sua atração principal é, evidentemente, a famosa torre inclinada. Saindo da estação ferroviária, atravessa-se uma pequena praça e, seguindo a rua em frente, por oito a dez quarteirões, chega-se à torre. Na grande praça que a circunda está a catedral. Os bilhetes são comprados num quiosque ali perto, valendo a pena subir até o último andar da torre, de onde se tem uma vista muito bonita da cidade. Em volta da praça, como sempre, muitos cafés, restaurantes e lojas de souvenirs.
 
 
 
VENTIMIGLIA
 
              Essa é uma cidade que descobri quase por acaso, que certamente não consta dos guias turísticos da Itália. Pequena, escondida na fronteira do sul da França com o norte italiano, havia passado por ela algumas vezes, quando, saindo de Nice, me dirigia para uma das grandes cidades da Itália, como Roma ou Milão. Nela, deixando o trem regional francês que nos conduziu desde Nice, fazemos a baldeação num trem italiano (que não é o similar ao TGV, mas sim um trem intermediário, um pouco antigo, com cabines para seis pessoas.
               Numa dessas vezes, quando, vindo de Roma, descemos em Ventimiglia e íamos fazer a baldeação para Nice, fomos informados de que havia uma greve nos trens franceses. Não sabiam a hora em que os mesmos voltariam a circular. Resolvemos deixar a bagagem no guarda-malas da estação e procurar algum lugar para almoçar, pois já era quase uma da tarde. Andando pelas ruas da cidade, achamos a mesma muito simpática e alegre. Encontramos um restaurante razoável, almoçamos muito bem e, voltando à estação, soubemos que os trens só voltariam aos trilhos no fim da tarde.
             Decidimos explorar um pouco mais Ventimiglia. Caminhando por suas ruas, atravessamos um pequeno rio e, logo chegamos a uma praia muito bonita, de onde, no horizonte, divisamos a cidade de Menton, depois da fronteira com a França.
Vista de Ventimiglia da sacada do hotel Sole e Mare
              Na hora, resolvemos ficar em Ventimiglia. Encontramos um hotel muito bom (o Sole Mare), em frente à praia, pegamos nossas malas na estação, avisamos, por telefone, nosso hotel em Nice (já reservado anteriormente), que não iríamos chegar naquele dia, talvez só no seguinte.
 


                      
 
                     A cidade é pequena, mas muito aconchegante. Não é muito antiga, as construções são mais modernas em comparação com a maioria das cidades italianas. Alguns bons restaurantes e lojas, um calçadão margeando a orla onde vale a pena caminhar, gostamos muito da cidade. Não tem vida noturna, por volta das oito da noite, fecha quase tudo. Ali perto, no esquema de ir e voltar no mesmo dia (sempre de trem), visitei Impéria e Allacio, duas belas cidades da Riviera italiana, com bonitas praias e arquitetura de prédios interessante.
              A Ventimiglia voltamos umas cinco vezes posteriormente, ficando sempre de dois a três dias para recuperar o fôlego das viagens de trem.
 
VERONA
 
              Fica entre Veneza e Milão, no norte da Itália. Aproximadamente uma hora e meia das duas cidades.
             Famosa por ser a cidade de Romeu e Julieta. Nunca fiquei hospedado lá, sempre a visitei por uma manhã e uma tarde ou nela fazia conexão para outra cidade maior.
             A estação de trem fica um pouco longe do centro, por isso deve-se pegar um taxi para lá chegar. Perto de uma grande praça está a casa de Julieta, onde sobressai o famoso balcão onde ficava a heroína de Shakespeare. Grande atração turística, sempre com grande movimento de gente, principalmente casais de namorados que deixam gravados seus nomes em corações talhados na madeira de portas e qualquer coisa onde possam gravar.Resultado de imagem para Casa de Julieta   Resultado de imagem para Casa de Julieta
 
                 Deixando essa praça e seguindo por uma rua comercial muito frequentada, chegamos a uma outra grande praça, onde está situada a arena de Verona, lembrança da época da colonização romana. Resultado de imagem para arena de verona        Fora essas atrações, Verona merece ter seus restaurantes visitados. A comida é farta e variada,  predominando os pratos de massa.
Um dos trajetos mais bonitos que fiz na Europa, foi a descida dos Alpes de Innsbruck, na Áustria, até Verona, na Itália. Ao longo de todo o percurso, vai-se descortinando, de ambos os lados do trem, a beleza da imensidão das montanhas geladas dos Alpes, numa visão realmente espetacular.
 
SIENA
           Acessei Siena quando pernoitei em Florença. Aproximadamente hora e meia de viagem. O centro também fica longe da estação de trem, sendo necessário pegar ônibus ou táxi.
        O ponto turístico principal é a praça do Pálio, onde anualmente é realizada a famosa corrida de cavalos em volta da praça, cada um representando uma antiga família de nobres da região. Os jóqueis envergam os uniformes de cada família e a população assiste em pé, junto aos prédios da praça.   Resultado de imagem para siena italy
 
 
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PADOVA
 
Fica entre Verona e Veneza, pouco mais de quarenta minutos de trem. A cidade, antiga como a maioria das italianas, é famosa por sua universidade. Muito bonita, com um belo rio que a atravessa. Só estive lá uma vez, saindo de Veneza
 
 e voltando no mesmo dia.Resultado de imagem para padova italy
 
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PESCHIERA DEL GARDA
 
Entre Verona e Milão, Peschiera é uma interessante cidade da Itália. Estive lá este ano, no mês de abril, pois não a conhecia de viagens anteriores. Li muito sobre o lago Garda, um dos maiores da Itália, que cobre uma enorme área de aproximadamente 150 quilômetros, com várias cidades em redor do mesmo. Peschiera é uma delas.

            Pequena, com um centro histórico antigo, oferece passeios de barco pelo lago, uma de suas principais atrações. Bons restaurantes, poucos hotéis, sem vida noturna. Escolhi um hotel que fica perto da estação de trem, mas longe do centro. Tem-se que caminhar até lá pela margem de uma estrada de alta velocidade, o que sempre é um pouco perigoso. A cidade quase não tem táxis circulando, os poucos existentes ficam perto da estação de trem. É cidade para ser visitada por quem está de carro, pois as distâncias são grandes e quase não se vê transporte público nas ruas.
 


 
SAVONA
          
             Cidade de onde partem ou chegam os navios da companhia italiana Costa Cruzeiros. Aliás, o porto foi totalmente remodelado pela Costa e é um terminal marítimo supermoderno.
              Chegando do Brasil ou aguardando a chegada do navio de volta, já fiquei hospedado lá por umas cinco vez.
                Também cidade antiga, mas não muito, com um bom comércio, alguns restaurantes razoáveis, poucos bons hotéis. Costumava ficar no Riviera Suisse, um hotel antigo perto do centro e da estação de trem. Este ano, quando chegamos em Savona no dia 21 de março, ele estava fechado para reforma. Ficamos no Darsena, ao lado do terminal marítimo e com fácil acesso à cidade. Hotel de quatro estrelas (acho que não merecia tantas), confortável, café da manhã correto, moderno para os padrões da cidade. Vale a pena percorrer as ruas estreitas do centro antigo.
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GÊNOVA
Uma das mais antigas cidades italianas. Só estive lá por duas vezes, a primeira em 1957, a última em 2009, segundo me recordo. Tem um centro histórico muito rico, destacando-se o busto em homenagem a Cristóvão Colombo. Suas ruas estreitas, apertadas quase, nos levam a um verdadeiro labirinto de onde, às vezes, fica um pouco difícil de sair. Em novembro deste ano, pretendo ficar lá por uns quatro dias antes de pegar o navio da MSC Cruzeiros de volta ao Brasil. Vou tentar conhecê-la melhor.
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